2008/12/24

Prendas de Natal

Que rica prenda esta: receber a notícia que vou ser tio!!!!!!! :-) Deus conceda ao meu irmão, mas especialmente à minha cunhada, 9 meses cheios de saúde e paz. E a todos vocês, um feliz e santo Natal. Que nesta noite vocês saibam ir sefuir a estrela e encontrar o Senhor, deixando que Ele entre na vossa vida.

2008/12/20

Simpatias

Porque é que simpatizamos com estranhos? Hoje decidi oferecer uma pequena prenda de Natal a 3 pessoas que após quase 2 meses ainda me são estranhos (dois no trabalho e um no restaurante onde costumo ir buscar o jantar). Não tinha nenhum motivo particular para o fazer; apenas um desejo de partilhar um pouco de alegria com eles. Teve uma certa piada ver a surpresa nos seus rostos, mais ainda quando em resposta à pergunta "porquê" apenas obtiveram um "porque não".

Vejo-os dia após dia e tento-os descobrir, tento-os conhecer. Quero saber quem são, o que os move, mas sobretudo quero saber se realmente estão tão tristes quanto sinto que estão; e se sim, então trazer-lhes um pouco de esperança em nome d'Aquele que me dá alento. Afinal, eles também me O trazem muitas vezes, mesmo que não o saibam. Aos poucos vou-me deixando de preocupar com o que possam pensar sobre mim, e assim me vou dando mais e de forma sincera. Não o faço por mim, para me sentir bem comigo mesmo; faço-o porque sinto que o devo fazer, faço-o por eles. A vida aqui passa tão rápida que nem se tem tempo de viver. E quando menos se espera, um dia nos aparecerá o Senhor, poque a Sua vinda não tem hora, e então o que teremos para lhe dizer? Como lhe explicaremos a vida que levámos?

Quantas vezes não estamos tão emaranhados nos nossos problemas, completamente desligados de Deus e do momento presente, refens do futro e/ou do passado. Às vezes basta só um toque para nos trazer de volta ao momento da salvação: ao momento presente. Às vezes é preciso que alguém nos lembre que Deus não se esquece de nós, mesmo quando nós nos esquecemos d'Ele.

2008/12/19

O Sonho Impossível

2008/12/14

De regresso do retiro

Depois de 3 dias fora de casa, eis-me de regresso do meu retiro. O retiro foi dado no Santuário da S.ta Elizabeth Seaton, a primeira santa americana. A viagem até lá foi interessante, pois fui até a uma parte do país que nunca tinha ido. Paisagens acidentadas, em contraste com onde vivo (que é maioritariamente plano). Além do mais tive de ir de comboio (pelo menos até Washington DC), meu meio de transporte favorito. Chegado a DC, apanhei o metro até ao ponto de encontro com o P. Armando, DCJM. Daí foi mais uma hora de viagem de carro até ao santuário. Chegado lá, descobri que eramos um grupo de 24, quase todos membros da paróquia do P. Armando.E quanto ao retiro em si mesmo? Apesar de não haver tanto silêncio exterior como desejava, descobri que ainda mais importante é o silêncio interior. E desta vez não foi tão fácil encontrar esse silêncio interior. Demasiadas distracções que me surgiam na oração. Mas aprendi que essas distracções são manisfestações de afectos desordenados, portanto mais uma coisa a trabalhar. Descobri também a importância de assistir à missa diariamente e de recorrer mais vezes ao sacramento da reconciliação: ajudam-nos a perseverar na oração e em fé a Deus.
Mas o que me marcou mais deste retiro foi que algo que me vinha inquietando nas minhas orações e que não queria admitir finalmente se fez sentir em toda a sua força. Como disse o P. Armando quando dava os pontos de meditação: "Que fique claro: quem diz que crê, mas que não toma a sua cruz diariamente não crê em Cristo, mas num 'deuzito' da sua própria criação." E apercebi-me de realmente o quanto não abraço as minhas cruzes, de quanto fujo delas. Apercebi-me do quanto ainda há que caminhar antes de me poder abandonar completamente em Deus.

Um fim-de-semana que me abalou bastante, mas que me encheu de esperança que Deus me susterá no que eu tiver de enfrentar, por mais que me custe.

2008/12/10

Sigo hoje para o meu retiro. Vamos lá ver o que foi semeado nestes últimos tempos, e so há fruto do ano passado.

E já que se fala em semear, fica uma pequena musica sobre o mesmo:

2008/12/06

Advento

"Uma voz clama no deserto: 'Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.' " (Mc 1,3)

Eis que se inicia outro ano liturgico. Chegamos ao Advento; em breve será o Natal - a Festa da Incarnação - portanto, há que preparar a vinda do Senhor. Quanto mais pondero sobre o Advento, mais acredito que é uma altura em que devemos seguir o exemplo de S. João Baptista. Embora Cristo já tenha vindo em carne (e aguardámos a sua segunda vinda), devemos preparar o caminho para que chegue ao nosso coração e não encontre um coração de pedra, mas um coração que sente. Tenhamos fé que com a Sua vinda nos conformemos mais à vontade de Deus. Mesmo que tropecemos pelo caminho, Ele estará ao nosso lado para nos apoiar; é preciso é crer n'Ele e reconhecer o quanto precisamos d'Ele.
O Baptista encontrava-se no deserto; Cristo vai para o deserto antes de iniciar a sua missão sobre a Terra; também nós nesta altura de Advento devemos procurar o deserto. É no deserto - no silêncio - longe das distracções do Mundo que nos podemos encontrar com Deus mais facilmente. O deserto não é um lugar de paz; todavia, é um lugar onde se pode encontrar o caminho para a paz. No deserto estamos à mercê dos elementos, estamos vulneráveis, e dessa vulnerabilidade pode nascer a humildade e o reconhecimento da necessidade Deus. A fraqueza ajuda-nos a abrir o coração para o Senhor. Talvez seja por isso que tantos de nós não queremos reconhecer Deus: porque reconhecendo-O, reconhecemos as nossas fraquezas...
S. João Baptista levava uma vida austere no deserto. É útil relembrar que o Advento é uma espécie de Quaresma "menor", e que nesta altura podemos fazer alguns sacrifícios para sermos solidários com o sofrimento de Cristo, como também para disciplinar a Carne - as paixões e os impulsos desregrados - que tantas vezes nos impede de ouvir o que o Senhor nos diz.

O Natal - a festa da Incarnação. Quais as implicações de acreditar que que Deus se fez homem e habitou entre nós? É algo que partilharei com devido tempo. Entretanto, vou-me preparando para a minha "ida para o deserto". O retiro está quase aí...

2008/12/03

Porque há dias em que a saudade de casa fala mais alto...