2009/09/30
Pensamento do dia
2009/09/29
Mais de St. Irenaeus Ministries
2009/09/25
Têmporas
Hoje é o 2º dia das Têmporas de Setembro. Só há relativamente pouco tempo é que soube o que são as Têmporas. As Têmporas são uma tradição da Igreja Romana já bastante antiga; crê-se que terão surgido com a conversão dos povos pagãos, embora estejam intimamente ligado aos primórdios da Igreja e a sua herança Judaica. As Têmporas são como uma espécie de mini-Quaresma: são dias de jejum, oração, e esmola. Existem 4 Têmporas durante o ano:
- Têmporas do Advento (depois da festa de Sta. Lúcia)
- Têmporas da Quaresma (na semana seguinte à Quarta-feira de Cinzas)
- Têmporas de Pentecostes (depois de Domingo de Pentecostes)
- Têmporas de Setembro (depois da festa da Santa Cruz)
2009/09/23
A primeira vez
Passagens
Fomos colegas durante muitos anos; éramos apenas conhecidos. Mas neste último ano e meio, depois de muitos anos sem convívio, começamos a ser realmente amigos. E de repente isso também acabou.
A sua passagem faz-me perguntar se cheguei a ser um bom amigo. Estes momentos assim servem quase como um balde de água fria. Relembram-nos que temos de Viver...
Adeus Mil. Requiscat in pace.
2009/09/05
Mini-série
2009/09/04
A Casa dos Mortos
Como sempre, Dostoyevsky oferece-nos uma visão da psicologia por detrás das suas personagens. Aleksandr Petrovich (o personagem principal/narrador) é da nobreza russa, e é condenado a 10 anos de trabalhos forçados num campo penal pelo assassínio da sua mulher. Essencialmente, o livro só descreve o primeiro e último ano passados no campo (a justificação dada pelo narrador é de se "ter esquecido" dos restantes). Somos confrontados com as condições do campo penal e da vida dos prisioneiros. Inicialmente a única coisa que ocorre ao Aleksandr é o horror e o desespero de ter de passar "uma eternidade" com gente que desconhece, que lhe é hostil pelo simples facto dele ser da nobreza, e da vida desperdiçada atrás das paredes do campo. Mas com o passar dos anos, vai-se apercebendo que debaixo das máscaras que os outros prisioneiros aparentam, que existe vida, que existem pessoas de verdade. Inicialmente o seu estado de espírito impede-lhe de ver a realidade, mas com o passar dos anos, com a convivência, o espírito dele vai-se convertendo. Tenta ir percebendo o que de facto vai na alma daqueles homens a que o destino o uniu, e aos poucos vê-se obrigado também a olhar para o seu interior. Chegado ao fim, quase se nota uma certa tristeza em deixar para trás certas pessoas, sem saber do seu destino.
É neste mundo de dor e sofrimento que ele aprende o valor da humildade, que aprende o valor de viver, e ao sair dá prisão sente que realmente ressuscitou de entre os mortos.
De facto o livro não deixou nada a desejar. Fyodor nunca deixa de transmitir, embora de forma sublime, a mensagem do Evangelho nas suas obras. Como disse um conhecido meu há tempos: os livros dele quase que servem de leitura espiritual.