Χριστός ἀνέστη! Ἀληθῶς ἀνέστη!
2010/04/05
O Fim
2010/04/03
2010/04/01
Sexta-feira Santa
«Mas foi ferido por causa dos nossos crimes, esmagado por causa das nossas iniquidades. O castigo que nos salva caiu sobre ele, fomos curados pelas suas chagas.» (Is 53, 5)
Vale a pena ler o 53º capítulo de Isaías hoje.
Desabafos
2010/03/25
Artígo sobre a Divina Liturgia Ortodoxa Copta
2010/03/22
2010/03/19
2010/03/12
2010/03/11
Santa Maria do Egípto
2010/03/03
Didache
2010/03/01
Sabedoria do Deserto
não obstante os actos de rectidão que ele pratica, sentir que não tenha feito
nada, e jejuando que diga "Isto não é jejuar", e rezando que diga "Isto não é
rezar", e em perseverança na oração que diga "Eu não demonstrei perseverança;
apenas estou a começar a praticar e a esforçar-me"; e mesmo que ele seja justo
diante de Deus, deverá dizer "Não sou justo, não eu; eu não me esforço, mas
apenas faço um começo a cada dia.»
2010/02/26
Rezar com temor
2010/02/24
Santo Serafim de Sarov
2010/02/23
Laços
Recordaram-se tempos idos, momentos que, apesar de longínquos, constituem o pano de fundo das nossas vidas. Mas também falou-se do tempo decorrido desde então, e das coisas da vida presente, do momento. Às vezes pessoas fora do contexto colegial perguntam-me porquê esta fixação com o pessoal daquela altura, para quê recordar; dizem para deixar as coisas estarem lá atrás, no passado, e não tentar viver lá. Apenas posso dizer que este relembrar não é uma tentativa de reviver o passado, de uma desilusão com o momento presente. A prova concreta disso é eu me interessar pela vida actual dessas pessoas que me são tão queridas, do querer partilhar a sua vida actual. O nosso passado comum é o alicerce desta nossa vida presente também em comum. E aqui as memorias vêm auxiliar a koinonia. Estabelecem continuidade entre o passado e o presente. O "cimento" fundamental da koinonia é o amor em Χριστός Ἰησοῦς, e através das memórias somos capaz, nos momentos mais difíceis, de recordar a presença d'Ele em tempos passados, que se viveram com os outros, e assim arranjar maneira de perseverar nas tribulações presentes, amparando-nos uns aos outros.
Neste encontro deu para aprofundar melhor algo tenho vindo a intuir desde algum tempo para cá, e que já algumas pessoas comentaram comigo acerca do assunto: que é possível ver a Beleza de uma pessoa. Não estou a falar de beleza física, mas sim algo muito mais profundo, algo mais real mesmo que não seja material, que não seja palpável. Não consigo descrever o que é, nem como se reconhece; só sei dizer quando reconheço-o. Eu costumo dizer que é quase como se nós reconhecemos a bondade interior, da alma da pessoa; com quem já falei acerca do assunto, simplesmente dizem que é reconhecer a Beleza, que é Deus, que resplandece através da pessoa. É algo que parece emanar da pessoa, e curiosamente (embora este não tenha sido o caso) parece-me que se nota mais quanto menos favorável forem determinadas circunstâncias para as pessoas em quem eu me apercebo de tal.
Um noite verdadeiramente cheia. Um momento realmente vivido. Só temos o presente para viver, o presente para nos convertermos.
2010/02/22
2010/02/19
Quarta-feira de Cinzas
2010/02/16
Leitura Quaresmal
Antífonas do Ó
Die 17 Decembris
O Sapientia
quæ ex ore Altissimi prodisti,
attingens a fine usque ad finem,
fortiter suaviter disponensque omnia:
Veni ad docendum nos viam prudentiae
17 de dezembro
Ó Sabedoria
que saístes da boca do altíssimo (Eclesiástico 24:5),
atingindo de uma a outra extremidade
e tudo dispondo com força e suavidade (Sabedoria 8:1):
Vinde ensinar-nos o caminho da prudência (Proverbios 9:6).
Die 18 Decembris
O Adonai
et Dux domus Israel,
qui Moysi in igne flammæ rubi apparuisti
et ei in Sina legem dedisti:
Veni ad redimendum nos in brachio extento
18 de dezembro
Ó Adonai (Exodo 6:2, Vulgate)
guia da casa de Israel,
que aparecestes a Moises na chama do fogo
no meio da sarça ardente (Êxodo 3:2) e lhe deste a lei no Sinai (Êxodo 20)
Vinde resgatar-nos pelo poder do Vosso braço (Êxodo 15:12-13).
Die 19 Decembris
O Radix Jesse
qui stas in signum populorum,
super quem continebunt reges suum,
quem gentes deprecabuntur:
Veni ad liberandum nos; jam noli tardare
19 de dezembro
Ó Raiz de Jessé
erguida como estandarte dos povos (Isaías 11:10),
em cuja presença os reis se calarão (Isaías 52:15)
e a quem as nações invocarão,
Vinde libertar-nos; não tardeis jamais (Habacuque 2:3).
Die 20 Decembris
O Clavis David
et sceptrum domus Israel:
qui aperis, et nemo claudit;
claudis et nemo aperit:
Veni, et educ vinctum de domo carceris,
sedentem in tenebris et umbra mortis
20 de dezembro
Ó Chave de David (Isaías 22:23)
o cetro da casa de Israel (Génesis 49:10),
que abris e ninguém fecha;
fechais e ninguém abre:
Vinde e libertai da prisão o cativo
assentado nas trevas e à sombra da morte (Salmo 107: 10, 14).
Die 21 Decembris
O Oriens
splendor lucis æternæ, et sol justitiæ
Veni et illumina sedentes in tenebris
et umbra mortis.
21 de dezembro
Ó Oriente (Zacarias 3:8; Jeremias 23:5),
esplendor da luz eterna (Sabedoria 7:26) e sol da justiça (Malaquias 3:20)
Vinde e iluminai os que estão sentados
nas trevas e à sombra da morte (Isaías 9:1; Lucas 1:79).
Die 22 Decembris
O Rex gentium
et desideratus earum
lapisque angularis,
qui facis utraque unum:
Veni et salva hominem quem limo formasti
22 de dezembro
Ó Rei das nações (Jeremias 10:7)
e objeto de seus desejos (Ageu 2:7),
pedra angular (Isaias 28:16)
que reunis em vós judeus e gentios (Efésios 2:14):
Vinde e salvai o homem que do limo formastes (Génesis 2:7).
Die 23 Decembris
O Emmanuel,
Rex et legifer noster,
exspectatio gentium,
et Salvador earum:
Veni ad salvandum nos, Domine Deus noster
23 de dezembro
Ó Emanuel (Isaías 7:14),
nosso rei e legislador (Isaías 33:22),
esperança e salvador das nações (Génesis 49:10; João 4:42),
Vinde salvarnos,
Senhor nosso Deus (Isaías 37:20).
2010/02/14
2010/02/12
Eficácia
Koinonia
2010/02/03
Árido (II)
2010/02/02
2010/02/01
2010/01/25
2010/01/23
Proposta de meditação
« O Senhor disse-lhe então: «Sai e mantém-te neste monte, na presença do Senhor; eis que o Senhor vai passar.» Nesse momento, passou diante do Senhor um vento impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos diante do Senhor; mas o Senhor não se encontrava no vento. Depois do vento, tremeu a terra. Passou o tremor de terra e ateou-se um fogo; mas nem no fogo se encontrava o Senhor. Depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma brisa suave. Ao ouvi-lo, Elias cobriu o rosto com um manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna. Disse-lhe, então, uma voz: «Que fazes aqui, Elias?» » (1Rs 19,11-13)
« Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém; e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho; os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer.Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos. E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!» Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia. Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.»
Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?» E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante. Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles. E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» » (Lc 24,13-32)
2010/01/22
Família
Rito Caldeu:
- Igreja Siro-Malabar;
- Igreja Caldeia;
- Igreja Copta;
- Igreja Etíope;
- Igreja Maronita;
- Igreja Siríaca;
- Igreja Siro-Malancar;
- Igreja Armena;
- Igreja Albanesa;
- Igreja Bielorussa;
- Igreja Búlgara;
- Igreja Croata;
- Igreja Bizantina;
- Igreja Húngara;
- Igreja Italo-Albanesa;
- Igreja Macedónia;
- Igreja Melquita;
- Igreja Romena;
- Igreja Russa;
- Igreja Rutena;
- Igreja Eslovaca;
- Igreja Ucraniana
Conversas
Durante o jantar ontem falava com uma amiga sobre como para se chegar a determinados objectivos "em nome da liberdade" se minou o conceito de família e casamento de forma incremental. Incrementalismo é insidioso; como o próprio nome indica, são dados passos tão pequenos em terminado rumo que eles parecem desconexos até que ,quando finalmente chegamos ao objectivo, admiramo-nos como é que lá se chegou. Mas enfim, divago. Como dizia, falávamos sobre como se minou a instituição familiar. Abordou-se o acesso facilitado: primeiro ao divorcio, depois aos contraceptivos, depois ao aborto, e por aí fora.
Mas a conversa teve uma paragem abrupta quando mencionei o acesso facilitado aos contraceptivos. "Espera aí; eu estou a compreender bem?! Tu és contra isso?!" Foi mais ou menos algo nesta veia que eu ouvi. Que impedir o aparecimento natural de crianças é talvez grave, sim, nesse aspecto os contraceptivos são maus, admitiu a minha amiga; mas e em relação à prevenção das temíveis DSTs? Estaria eu disposto a defender uma ideia a ponto de deixar pessoas serem infectadas?!
Eu cada vez mais vou subscrevendo à ideia semítica de que o nome de uma coisa diz bastante sobre ela mesma, que nos diz qualquer coisa sobre a sua natureza. Ora contraceptivo quer dizer "contra a concepção". Ponto. Não vejo nesse nome mais nada que indique que seja função primária desses engenhos impedirem a transmissão de DSTs (até porque nem todos os fazem; veja-se o exemplo da pílula). Isso é algo que vem por acréscimo; um "efeito secundário", por assim dizer. Os contraceptivos têm como função primária impedir a gravidez - esse efeito nefasto e inconveniente das relações sexuais - incentivando assim a promiscuidade. "Mas diz que uma pessoa que nem seja promiscua uma noite saia e depois se acabe envolvendo com outra que não conheça. Aí já dá jeito, para prevenir." Bem, por onde começar? Para já, envolver-se sexualmente com desconhecidos faz parte da própria definição de promiscuidade; mas suponho que isso sejam picuinhices semânticas... Também o facto do aumento da promiscuidade estar correlacionado com a mutação de algumas DSTs é algo a ter em conta. Veja-se o caso do VPH, que depois origina o cancro cervical: segundo os estudiosos na matéria, este virus tem se tornado mais agressivo devido a mutações que têm vindo a sofrer, "curiosamente", desde da "revolução sexual".
São argumentos válidos, mas não era propriamente por aí que eu queria ir; não são necessariamente argumentos confessionais, embora possam eventualmente ser englobados nesse conjunto. Não, queria ver isto dum ponto de vista Cristão, já que é isso que eu e a minha amiga professámos ser. Alguém poderá dizer "a Igreja diz que não e tu vais atrás". Ora, estando em comunhão com a Igreja, devo estar em acordo com a sua doutrina (neste caso moral); é próprio do estar em comunhão. Mas mesmo sendo porque faz parte do ensinamento doutrinal, não é unicamente por causa disso. É algo mais fundo, que toca no âmago do ser-se Cristão. É uma questão de amor a Deus, mesmo que a pessoa ame tão imperfeitamente.
Amando a Deus, a pessoa deseja cumprir a vontade d'Aquele que ama. E essa vontade exprime-se amando e respeitando tanto a nós mesmos como os outros. Creio que muitos de nós nos esquecemos que o nosso corpo não nos pertence; ele não é um parque de diversões cujo único fim serve para nos dar prazer. A partir de momento do baptismo ele pertence a Deus; foi resgatado por um preço inimaginável; o nosso corpo torna-se um templo onde habita o Espírito Santo (1Cor 6:19). Quando temos relações sexuais fora do seu contexto apropriado, profanámos esse templo; desrespeitámos a Deus. Além do mais, estamos a objectificar a outra pessoa; tornámo-la um objecto na busca da nossa satisfação. Buscámo-nos a nós mesmos, os nossos próprios interesses, e os outros deixam de ser pessoas. Isso não é amor. Mas mais do que uma "falha legal", é uma prova da morte que trazemos em nós e que também semeamos, é prova que algo está errado com o nosso ser. O mundo à nossa volta diz-nos que não há pecado, para buscarmos o nosso próprio interesse. Acontece que esse interesse que o mundo nos oferece é morte. A única solução, a única cura, para a morte é a Vida que o nosso Senhor nos deu, através da sua paixão e a sua morte no madeiro.
Com aquele comentário estava mesmo na iminência de dar uma espécie de lição de moral do tipo "e isto é assim porque é e mais nada". Mas algo travou a minha língua. Veio-me à memoria a pessoa que em tempos fui; revi-me nos tempos de outrora nas opiniões e na posição dela. E pensei para comigo quanto o tempo e amor (com a ajuda da graça, naturalmente) realmente não ajuda a curar a pessoa, a ajudar-lhe a ver com olhos de ver; que não é a abundância de argumentos que converte um coração, mas sim o chamamento d'Aquele que o ama verdadeiramente e o ensina a amar.