2008/12/20

Simpatias

Porque é que simpatizamos com estranhos? Hoje decidi oferecer uma pequena prenda de Natal a 3 pessoas que após quase 2 meses ainda me são estranhos (dois no trabalho e um no restaurante onde costumo ir buscar o jantar). Não tinha nenhum motivo particular para o fazer; apenas um desejo de partilhar um pouco de alegria com eles. Teve uma certa piada ver a surpresa nos seus rostos, mais ainda quando em resposta à pergunta "porquê" apenas obtiveram um "porque não".

Vejo-os dia após dia e tento-os descobrir, tento-os conhecer. Quero saber quem são, o que os move, mas sobretudo quero saber se realmente estão tão tristes quanto sinto que estão; e se sim, então trazer-lhes um pouco de esperança em nome d'Aquele que me dá alento. Afinal, eles também me O trazem muitas vezes, mesmo que não o saibam. Aos poucos vou-me deixando de preocupar com o que possam pensar sobre mim, e assim me vou dando mais e de forma sincera. Não o faço por mim, para me sentir bem comigo mesmo; faço-o porque sinto que o devo fazer, faço-o por eles. A vida aqui passa tão rápida que nem se tem tempo de viver. E quando menos se espera, um dia nos aparecerá o Senhor, poque a Sua vinda não tem hora, e então o que teremos para lhe dizer? Como lhe explicaremos a vida que levámos?

Quantas vezes não estamos tão emaranhados nos nossos problemas, completamente desligados de Deus e do momento presente, refens do futro e/ou do passado. Às vezes basta só um toque para nos trazer de volta ao momento da salvação: ao momento presente. Às vezes é preciso que alguém nos lembre que Deus não se esquece de nós, mesmo quando nós nos esquecemos d'Ele.

1 comment:

erute said...

Acabada de chegar das confissões da unidade pastoral, onde tive oportunidade de receber mais uma vez aquele sacramento tão especial da confissão.

Ler este post foi muito bom :)!
Obrigada!