2010/02/03

Árido (II)

Silêncio, simplesmente silêncio. Não que se tenha feito silêncio na minha cabeça ou no meu coração (os logismoi continuam a se manifestar das mais variadas formas, como sempre). Falo é do silêncio que me parece ser o silêncio de Deus. Todas as consolações repentinamente desapareceram. Parecia-me que toda a criação me queria falar, que algo estava na iminência de se revelar, e sem aviso o crescendo deu lugar a um anti-clímax. Já nada me fala d'Ele por si só; já não se sente o fogo interior. Silêncio. Aridez. Nem uma brisa suave.
Todavia, não me sinto abandonado. Ainda existe o desejo de O procurar, de me entregar a Ele, mesmo que não receba as "recompensas". Mas isso não implica que não custe...


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